sexta-feira, 24 de julho de 2009

A História da Música Eletrônica

A história da música eletrônica tem início com as experimentações com eletricidade e magnetismo no fim do século XIX, que levaram a instrumentos como o Telégrafo Musical de Elisha Grey e o Arco cantante de Willian Dudel. Em 1897, Thaddeus Cahill criou o Dynamophone, também conhecido como Telharmonium, um dos primeiro sinstrumentos musicais elétricos. O equipamento pesava cerca de sete toneladas e seu funcionamento era intricado, desenhado para transmitir tons sonoros por meio de fios telefônicos.
Em 1910, o Movimento Futurista atingiu o seu auge na Itália. O primeiro instrumento musical eletrônico de uso prático foi desenvolvido pelo professor russo Lev (Leon) Theremin. O instrumento tinha uma antena de rádio para controlar a dinâmica do som e uma batuta que controlava o pitch. Em 1926, na Alemanha, Jorg Mager construiu um instrumento electroacústico chamado Spharophon. As notas eram determinadas ao se girar uma manivela que regulava a freqüência do som.
Nos anos 40, a música eletrônica deixava de ser meramente uma curiosidade científica para ser incorporada ao repertório de compositores vanguardistas. A composição eletrônica moderna começou a ganhar força com o desenvolvimento da Música Concreta e os gravadores de fita, em 1948.
O gênero rapidamente evoluiu com a criação dos primeiros sintetizadores análogos; instrumentos como o Ondioline (1938), Vocoder (1940) e Melochord (1947) foram criados.
Os estúdios da rádio West Deutsche Rundfunck, de Colônia (Alemanha), deram início em 1956, a um período de fértil experimentação no campo da música eletroacústica.
Em 1964 foi lançado o Moog, o primeiro de uma série de sintetizadores populares, que foram bastante difundidos por bandas de rock experimental. Tais composições, no entanto, não eram consideradas eletrônicas, à exceção da banda The Silver Apple, cujo som era extremamente sintetizado.

O grupo alemão Kraftwerk lançou em 1977 seu libelo eletrônico Trans-Europe Express, flertando entre a erudição dos vanguardistas e a música pop. O resultado fez enorme sucesso nas festas do Bronx, e resultou numa interessante reversão: a música dos brancos europeus foi para os guetos negros americanos.

Nas festas de rua do Bronx, DJs como Grand Master-Flash e Afrika Bambaataa aprenderam as técnicas de scratch (a utilização do toca-discos como instrumento musical, editando e ?arranhando? as músicas) do jamaicano Kool Her. O músico Brian Eno iniciava seus projetos de música para os mais diversos ambientes, como estações espaciais e elevadores, definindo o início da Ambient Music.

Na década de 80, foram colocados no mercado os primeiros samplers, foi estabelecido o sistema Midi e surgiram os microcomputadores pessoais.

Uma necessidade por batidas fora do padrão repetitivo predominante na música eletrônica levou a muitos músicos buscarem no jazz, no funk e no hip-hop as influências para os trabalhos de bandas como Massive Attack, que junto a Portishead e Tricky lançam as bases do soturno Trip Hop; para o dançante Big Beats, como os trabalhos dos Chemical Brothers, Fluke e Fatboy Slim.

A música eletrônica partia, desta forma, para experimentações em todas as direções. Do puro minimalismo do Trance, passando pelo ultra rápido Gabba, ao Electro-Funk-House francês, dezenas de vertentes nasciam e se reinventavam. A cada instante surgia um novo artista que transgridia a dita ?ordem? e partia para algo novo.

E para curtir um pouco da década de 90 mais acima vocês podem curtir um pouquinho da dupla que fez muito sucesso e ainda ta com a bola toda: Duft Punk!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Origem da Música


Pouquíssimo sabemos da música da antiguidade. E, sobretudo falta o mais importante: a própria música. A música não é como a poesia ou a pintura. Vive um momento e desaparece. Uma vez desaparecida ninguém mais pode concretizá-la.Segundo os autores Verdi e Strauss, para conhecermos a música do passado, podemos dispor de dois caminhos: um é a existência da tradição oral; onde há povos que as melodias vivem às vezes por muito tempo, mas, porém não é possível provar devido cuja conservação não pode estar oficialmente confiada a ninguém.
Para Tame, autor do livro “O Poder Oculto da Música”, cita que é vasto o efeito da música sobre as emoções e desejos do homem, e os pesquisadores estão apenas começando a suspeitar da extensão e da influência até sobre os processos puramente intelectuais e mentais. Yehudi Menuhin, grande violinista contemporâneo da década de 70, expressava o significado interior das artes tonais em termos tão explicitamente verdadeiros e, no entanto, tão oniabrangentes em sua verdade, que inspiravam grandes quantidades de cuidadosas reflexões que assim os citava:

"A música cria ordem a partir do caos; pois o ritmo impõe unanimidade ao divergente, a melodia impõe continuidade ao descosido e a harmonia impõe compatibilidade ao incongruente. Descarte, a confusão rende-se à ordem e o ruído à música, e, à medida que nós, através da música, alcançamos a maior ordem universal, que repousa sobre relações fundamentais de proporção geométrica e matemática, o tempo meramente recebe uma direção e é dado poder à multiplicação dos elementos e propósito à associação fortuita".

Grandes filósofos já discutiam na antigüidade a influência da música na vida do ser humano. Aristóteles, citado por Tame, assim descreveu:

"... emoções de toda espécie são produzidas pela melodia e pelo ritmo; através da música, por conseguinte, o homem se acostuma a experimentar as emoções certas; tem a música, portanto, o poder de formar caráter, e os vários tipos de música, baseados nos vários modos, destinguem-se pelos seus efeitos sobre o caráter - um, por exemplo, operando na direção da melancolia, outro na da efeminação; um incentivando a renúncia, outro o domínio de si, um terceiro o entusiasmo, e assim por diante, através da série".